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2volume 36 - Luxação do ombro 1. Introdução Na traumatologia do ombro, uma das situações que exige uma reposta célere é a luxação da articulação gleno-umeral. A sua mobilidade intrínseca faz com que seja a articulação com maior taxa de luxação. Em cerca de 97% dos casos, a luxação é anterior e pode estar associada com outras lesões, nomeadamente fraturas ou lesões neuro-vasculares. Existem métodos descritos da redução da luxação que datam de 460 AC por Hipócrates. Contudo, têm surgido novos métodos, embora nenhum deles seja infalível. Em 5 a 10% dos casos, é necessária a redução da luxação sob anestesia geral/sedação. 2. Contraindicações à redução · Politraumatizados · fraturas 3 e 4 partes úmero · luxações com >24 h de evolução · lesões neurovasculares associadas · fratura/luxação gleno-umeral · luxações posteriores. 3. Preparação Um dos pressupostos para a redução de ombro é a colaboração do doente. Sabemos que o que impede a redução da articulação é a ação espática-muscular da região escapular. Devemos procurar tranquilizar o doente, procurar ajuda e ir para uma sala isolada. É importante prescrever analgesia e explicar os passos do procedimento ao doente, à medida que realizamos a redução. Os métodos de redução mais comuns são as técnicas de tração e contratração ( método hipocrático), as técnicas de alavanca (Kocher, rotação externa) e a associação dos anteriores (FARES). 141

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